Patient Blood Management (PBM), define-se como uma abordagem centrada no doente, sistemática, suportada pela evidência com o objetivo de melhorar o outcome do doente através da preservação do seu sangue, promovendo simultaneamente a segurança e o envolvimento do doente.
Apesar do elevado conhecimento e interesse que o PBM desperta, nem sempre é simples e linear a sua implementação. Por este motivo, o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho (CHVNGE) está a desenvolver um projeto em colaboração com a CSL Behring, denominado PBM-TIPS: Tailoring the Implementation in Portuguese health System. Este projeto, liderado pela Dra. Diana Castro Paupério, Dra. Fátima Lima, Dr. Henrique Coelho, Dra. Helena Gomes e TSDT Sandrine Jorge, visa estender a implementação do PBM a serviços médicos e cirúrgicos de outras instituições, adaptando-o a cada uma das diferentes realidades hospitalares, permitindo, assim, uma abordagem prática, tailor made e concretizável do PBM em cada um dos hospitais envolvidos. Esta será uma edição piloto, dedicada a 5 hospitais na zona Norte do país.
Este programa de implementação do PBM nos serviços médicos e cirúrgicos identificados, implicará uma abordagem sequencial, que se iniciou com uma fundamentação teórica e terminará com a aplicação prática e recolha de resultados. Pretende-se criar uma rede de trabalho onde os obstáculos, soluções e desafios serão partilhados facilitando a tarefa de cada um dos hospitais incluídos.
Este projeto teve a sua primeira reunião no passado dia 27 de outubro, no Porto, onde foram reunidos os representantes da Comissão PBM destes 5 hospitais, e durante a qual se abordaram temas como o conceito e a importância do PBM, o impacto económico e clínico nos doentes, e o exemplo do CHVNGE. A presença da Dra. Dialina Brilhante e do Dr. Xavier Barreto foram fundamentais e enriquecedoras demonstrando a importância do cariz multidisciplinar envolvendo, inclusivamente, os Conselhos de Administração. Como próximos passos, seguir-se-á a elaboração de um protocolo base, que será adaptado à realidade de cada serviço do hospital envolvido nesta iniciativa. Por último, será feita uma recolha prospetiva de dados para avaliação do custo-benefício após a implementação do PBM, comparando com um período retrospetivo antes da implementação do protocolo.